terça-feira, 29 de março de 2016

De olhos fechados

O meu bem desliga as luzes
Me libera no escuro
E me liberta na ignorância
Da não identificação visual.

Eu tenho medo
De deixar de lado meus conceitos
Mas meu bem quer 
que a experiência de uma nova perspectiva,
O tato,
Me guie na produção de novos conhecimentos.

Lá se vão imagens conhecidas
Para que texturas e novas formas sejam descobertas
Naquele instante em que as conheço 
E as conecto.

É que meu bem anda sempre de olhos fechados
Como se não conhecesse nada ou ninguém
Para ele, qualquer contato é o primeiro
E tudo é sempre novo
E possibilidade de ser outro.

domingo, 20 de março de 2016

Amorfo

Tu:
O mar que lambe minhas pernas à noite
escuro, denso e infinito.

Em ti há o prazer de (saber o) existir
e o receio de se perder (em ti).


Para aquele sobre o qual eu não consegui escrever.