quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Para o gui

(tava tudo errado)


Rompeu (se) repentinamente um vão,

um abismo frio formou-se entre nós e temo (sempre) que eu o tenha causado. As relações são campos magnéticos onde temos espaço para expressar culminações de dentro verdades do peito; elas tem um fluxo próprio, ações espontâneas que transbordam pelos nossos olhos, pelas nossas mãos, pelas palavras que são fúteis só na aparência. Tão difícil é para mim (sempre para mim) fazer conter no ordinário cotidiano o que se constrói de eterno pelas carícias de tua presença abstrata e espaçada dificultada, reconheço, por minha falta sempre tão física É verdade que nem sempre nos observamos ocultamos o ato sublimamos a palavra e acabamos por silenciar o amor E de que adianta o mais nobre sentimento quando não em mútua radiação? Receio a concretização do estranhamento da falta de reconhecimento dos traços amigáveis da intradução dos olhos que eu mesma causei mas que tanto difere do meu peito E isso não é qualquer retaliação não há culpa e nem ressentimento e nem há nenhuma concepção de resgate porque somos, de certa forma, o que experienciamos, o que construímos e o que aprendemos. Mas eu só queria dizer com toda a dificuldade que há de me ensinar a amar só queria contatar o possível fluxo de contato que foi perdido a ausência do lirismo que me coube mas que sempre houve de um certo jeito específico, dentro de mim; uma poesia de fio infinito aprendiz de tua sabedoria que tanto transborda sanguíneo amor humano e divino.